quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Abertura e velocidade do obturador

Abertura

Velocidade do obturador


Vídeos de Huaíne Nunes, para mais informação visite http://www.youtube.com/user/huanunes?feature=watch
Exposição


A exposição é a quantidade de luz que chega ao sensor de imagem, determina a claridade de uma imagem, ou seja quanto maior a exposição mais clara irá ficar a foto, e quanto menor a exposição mais escura irá ficar.


Abertura/Resultado
Quando o obturador abre, a luz golpeia o sensor de imagem dentro da câmara. No caso de uma fotografia ficar sobre exposta, isto significa que demasiada luz atingiu o sensor de imagem. E no caso de uma fotografia ficar subexposta, isto significa que pouca luz atingiu o sensor de imagem.

A quantidade de luz que expõe uma imagem é controlada ajustando a abertura (quanto maior a abertura mais luz entrara para o sensor de imagem, e quanto menor a abertura menor a quantidade de luz que entrara para o sensor de imagem), ou a velocidade do obturador ( quantidade de tempo em que é permitida a entrada de luz para o sensor de imagem).

Com o controle automático da exposição activado, a câmara ajusta a abertura e a velocidade do obturador automaticamente conforme as condições em que a cena a fotografar se encontra.   


Controles automáticos


Menu de uma Canon 7D

A maioria das câmaras digitais vêm equipadas com diversos controles automáticos. Estes controles podem estar em modo automático, para aqueles que somente desejam apontar e disparar ou em modo manual, para aqueles que pretendem definir todos os aspectos das suas fotos.

São controles automáticos:

  • A auto-exposição, que calcula a exposição correcta para um certo cenário;

  • O auto-foco, que regula a nitidez do objecto principal da foto;

  • O balanço do branco, que ajusta as cores de uma imagem dependendo da fonte de luz que ilumina a cena;

  • O auto-flash, que dispara caso não haja luz suficiente na cena;

A maioria das pessoas que tiram fotos nunca encontram necessidade de progredir para além do ponto inteiramente automático das câmaras comuns.

No entanto, aqueles que procuram mais do que somente tirar fotos, como fotógrafos profissionais e até mesmo alguns fotógrafos amadores, tem essa necessidade, e portanto escolhem usar o modo manual deforma a definir ao gosto de cada um a exposição da cena, o que irá estar focado e nítido, o balanço do branco, se o flash irá ser accionado ou não, etc.  

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Lentes


Á excepção do sensor de imagem, a lente é a parte da câmara que tem o efeito mais importante na qualidade das fotos.

Uma das características mais importantes de toda a lente é a sua distância focal. É a distância focal que determina o ângulo de visão de qualquer lente, seja ela de grande angular, normal, ou teleobjetiva.


As distâncias focais das lentes são indicadas em milímetros (mm). Numa câmara digital Full Frame (35mm), uma lente com uma distância focal menor do que 35mm, é considerada uma lente de grande angular e uma acima de 65mm é considerada uma lente de telefoto. As lentes entre 35mm e 65mm são consideradas normais. A lente cuja distância focal é 50mm é a lente normal mais comum de entre as que são utilizadas pelos fotógrafos amadores e/ou profissionais.


Canon EF 8-15mm f/4 L USM Fisheye Lens
(Lente de grande angular)
O ângulo de visão de uma lente descreve o quanto de uma cena, a lente, consegue abranger. Uma lente de grande angular tem um ângulo amplo de visão, o mesmo não se sucede numa teleobjetiva em que o seu ângulo de visão é bastante pequeno.

Quando a distância focal começa a aumentar, o ângulo de visão torna-se mais estreito. Uma lente de grande angular capturará uma extensão larga de uma cena, enquanto uma teleobjetiva com seu ângulo mais estreito de visão isolará parcelas pequenas da cena sem que se tenha que mover a câmara para mais perto do objecto a fotografar.

A ampliação esta relacionada com o ângulo de visão das lentes. Por exemplo uma lente de grande angular inclui uma varredura larga de uma cena, o que torna todos os objectos dessa cena  reduzidos para caber no sensor de imagem. Já nas teleobjetivas, que têm um ângulo muito mais estreito de visão, os objectos em cena parecem maiores.

Canon EF 50mm f/1.2 L USM Lens
(Lente normal)

Portanto cada fotografo precisa de saber o que planeia fotografar antes de adquirir uma lente, pois cada uma é especialmente desenhada para um certo tipo de foto.

  • As lentes de grande angular são as mais indicadas para fotografar edifícios, paisagens, interiores e fotografia rural.

  • As teleobjetivas são as melhores para retratos e cenas da natureza, especialmente quando se pretende fotografar animais selvagens.

  • As lentes normais servem para um pouco de tudo, mas com limites bastante significativos.
Com uma lente de grande angular consegue-se obter uma cobertura e profundidade de campo bastante acentuada, sendo, por isso, o seu foco pouco crítico.

Canon EF 200-400mm f/4 L IS USM
(Teleobjetiva)

As teleobjetivas permitem isolar detalhes de qualquer cena, no entanto a sua profundidade de campo é bastante rasa, o que torna o seu foco crítico.

Devido ao seu elevado grau de ampliação, estas lentes, por vezes necessitam de um tripé para se proceder á exposição, caso contrário será muito provável obter-se imagens pouco nítidas, pois o mais ligeiro movimento resulta em falta de nitidez.



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Tipos de câmaras digitais


Actualmente existem câmaras digitais de todos os tipos e feitios, separadas em três categorias diferentes.

A primeira é constituída por todas as câmaras do tipo aponte e dispare, inteiramente automáticas, com resoluções entre 3 e 14 milhões de pixeis e preços relativamente baixo ( preço inferior 500€) .

Na segunda categoria encontram-se as câmaras Prosumer, ou semi-profissionais, cujas resoluções rondam os 14 e os 16 milhões de pixeis. Estas câmaras tem um custo superior ás que se encontram na primeira categoria, o seu preço anda entre os 800€ e os 1200€. A diferença entre estas câmaras, para além da qualidade de todo o conjunto, corpo e lente, é a existência de vários controles de criatividade que permitem ao fotografo deixar a sua marca nas fotos que tira.

Na terceira categoria, encontrão-se as câmaras de topo ou profissionais, cujo preço é superior aos 2000€. A resolução destas câmaras é, geralmente, superior ou igual a 21 milhões de pixeis e são, na sua maioria, modelos Full frame (35mm). Estas câmaras têm a mais elevada definição, as melhores características e, claro, os preços mais elevado.

È de extrema importância evidenciar que as lentes que se encontram em câmaras compactas ou do tipo aponta e dispara são fixas, o que não se verifica nas câmaras semi-profissionais e profissionais. Esta característica de poder mudar de lente é bastante importante pois permite ao fotografo adaptar-se ao cenário que pretende fotografar. Este, dependendo da marca da sua câmara SLR, terá um leque de lentes á sua escolha. 

Câmaras do tipo apontar e disparar


Durante as passadas décadas, os fotógrafos profissionais usavam principalmente câmaras tradicionais Full Frame SLR (Single Lens Reflex). Mas estas câmaras grandes e pesadas eram, por vezes, inconvenientes de modo que muitos preferiam levar no seu bolso uma câmara amadora do tipo aponte e dispare  (câmaras compactas).

É claro as fotos destas câmaras não eram, sequer, comparáveis ás tradicionais câmaras Full Frame SLR, como hoje ainda não o são, no entanto eram óptimas para tirar fotos no momento, sem que o fotografo precisa-se de se preocupar com a preparação da câmara SLR, para não contar com o relativamente baixo preço das mesmas. Por essas razões este tipo de câmaras começou a ganhar alguma fama ao longo dos tempos entre fotógrafos.

O único problema destas câmaras é que as fotos tiradas com as mesmas revelam-se pouco nítidas, isto deve-se ao facto dos seus sensores de imagem serem muito pequenos, e como tal os pixeis destes encontram-se uns em cima dos outros o que provoca uma perda de nitidez e aparecimento de "ruído" nas fotos.

Embora muitos softwares de edição possam corrigir estes problemas e, mesmo sabendo, que são feitos avanços técnologicos e lançados novos modelos de modo a corrigir os problemas deste tipo de câmara é um aspecto que se deve, sempre, ter em conta.

Câmeras semi-profissionais


Posicionadas acima das câmaras amadoras, trata-se de uma família de câmaras com elevada resolução de imagem combinada com caracteristicas avançadas tais como o foco através da lente e controles criativos. Estas câmaras são muito procuradas no mercado actual devido á relação preço/qualidade, pois estas câmaras tem caracteristicas muito semelhantes ás profissionais, no entanto o seu preço é bastante inferior.

Câmaras profissionais


Estas câmaras, são designadas de câmaras de sonho para todos aqueles que apreciam a fotografia, e digo de sonho pois o seu custo ronda os 2000€ e os 8000€. Estas câmaras são, no seu geral, baseadas nas definições das SLR com resoluções superios a 21 milhões de pixeis.

Uma vantagem enorme de ter uma destas câmaras é que a maioria das caracteristicas lentes e acessórios projectados para as versões de rolo servem também nestas versões digitais.








    

     

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Tipos de sensores de imagem

Até recentemente, os dispositivos charge-coupled devices (CCDs) eram os únicos sensores de imagem usados em câmaras digitais. Foram bem desenvolvidos pois já eram usados em telescópios astronómicos, em scanners e nas vídeo câmaras.

Entretanto, há um novo desafiante no horizonte, o sensor de imagem CMOS que promete, eventualmente, transformar-se no sensor de imagem de escolha num curto período de tempo.

Os sensores de imagem CCD e CMOS capturam a luz através de uma grade de pequenos pixeis. 

Estes sensores diferem no modo como processam as imagens e como são fabricados.

Sensor de imagem CCD


Esquema de um sensor CCD

O dispositivo charge-coupled device (CCD) recebeu o seu nome devido á maneira como as cargas eléctricas geradas pelos seus pixeis são lidas após uma exposição. Depois da exposição as cargas na primeira fileira são transferidas para uma parte do sensor chamado registo de leitura.

Uma vez que a fileira foi lida, as suas cargas são eliminadas dos pixeis da primeira fileira, após as cargas terem sido apagadas, as cargas da fileira seguinte passam para a primeira fileira e o processo recomeça, até todas as fileiras serem lidas, uma após a outra.

Sensores de imagem CMOS

Esquema de um sensor CMOS

Os sensores de imagem são manufaturados nas fábricas chamadas wafer foundries ou fabs onde os circuitos e os dispositivos minúsculos são gravados em chips de silicone.

O maior problema com CCDs é que não há muita economia de escala.

São criados nos foundries usando processos especializados e caros que podem somente ser usados para fazer outros CCDs.

Entretanto, mais e mais foundries começaram a usar um processo diferente chamado de semicondutor de óxido de metal complementar (Complementary Metal Oxide Semiconductor-CMOS) para fazer milhões de chips para processadores e memória de computador. O CMOS é de longe o mais comum e o mais altamente lucrativo processo de fabricação de chips do mundo.

Ao usar este processo com o mesmo equipamento os custos de fabricação dos sensores de imagem CMOS reduzem-se drasticamente. Em consequência, o custo de fabricar um wafer de CMOS é um terço do custo de fabricar um wafer similar usando o processo CCD.

Para além disso os sensores de imagem CMOS podem ter os circuitos de processamento criados no mesmo chip, o mesmo não acontece nos sensores CCDs.

Embora os sensores CMOS tenham começado com alguns problemas de ruído, dai só terem sido utilizados em câmaras de baixo custo, foram ao longo do tempo sofrendo alterações devido aos avanços e técnicas desenvolvidas, e hoje em dia a sua qualidade é comparável aos sensores CCDs.

Os sensores CMOS, nos dias de hoje, são utilizados em câmaras de alto desempenho como a Canon 1DS Mark II e a EOS 20D.

Canon 1DS Mark II

  

A câmara digital

Câmara digital compacta

As câmaras digitais são muito parecidas com as câmaras de rolo full frame (35mm). Ambas contêm uma lente, uma abertura e um obturador.

Numa câmara digital a lente permite a focagem e o controle da distância focal, a abertura, uma espécie de porta do futuro que abre e fecha, permite controlar a quantidade de luz que entra na câmara. Finalmente o obturador, um dispositivo que pode ser aberto ou fechado, permite controlar o tempo que o sensor de imagem está exposto á luz.
Câmra digital reflex
A diferença entre as câmaras tradicionais de rolo e as câmaras digitais é como capturam a imagem. Em vez do rolo, as câmaras digitais usam um dispositivo chamado sensor de imagem. Este sensor é constituído por microplaquetas de silicone que por cima destes encontram-se grades que contêm centenas de milhares de diodos foto sensíveis ou photosites chamados pixeis. 


Cada pixel é revestido por um filtro, desses filtros 2/4 são filtros de cor verde, 1/4 de cor vermelha, e os restantes 1/4 de cor azul. Existem mais filtros de cor verde pois o olho humano é mais sensível a esta cor do que a qualquer outra, deste modo conseguimos identificar mais tons de verde do que de outra cor. 

   
Quando é pressionado o botão do obturador de uma câmara digital, uma célula fotoeléctrica mede a luz que vem através da lente e ajusta, se a câmara estiver em modo automático, a velocidade de abertura e do obturador para a exposição correcta. Quando o obturador abre momentaneamente, cada pixel no sensor de imagem grava o brilho da luz que cai sobre o mesmo, este gera, instântaniamente, uma carga eléctrica.

Quanto mais luz cair sobre um pixel, mais elevada será a carga gerada. Quando o obturador se fecha, para terminar a exposição, a carga de cada pixel é medida e convertida em números digitais. O conjunto de todos os números digitais gerados forma a imagem digital.






A fotografia digital

A fotografia digital é aquela que é tirada com uma câmara digital, que resulta num arquivo de computador. Esta pode ser editada, impressa, enviada por e-mail ou utilizada em websites ou guardada em CD-ROMs.

As fotografias digitais são compostas por centenas de milhares de minúsculos quadrados chamados elementos de imagem ou simplesmente pixeis. Um exemplo para explicar o que significa uma imagem ser constituída por pixeis seria alguns dos trabalhos dos impressionistas que pintavam cenas maravilhosas com pequenos pontos de tinta, isto é o que acontece quando uma imagem digital é feita.

Imagine que cada ponto deste quadro é um pixel.

A qualidade de uma imagem digital depende em parte do número de pixeis usados para criar a mesma. Mais pixeis aumentam o detalhe e tornam as bordas mais definidas e nítidas.

A primeira câmara fotográfica digital comercialmente disponível, foi lançada em 1990, a DCS 100 desenvolvida pela KODAK.

Primeira câmara digital e o seu inventor.

Em 10 anos, as câmaras digitais tornaram-se produtos de consumo, e então, de modo irreversível, substituíram gradualmente todas as tradicionais câmaras á venda até então.





terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Fotografia Colorida

A fotografia colorida foi explorada durante o século XIX (séc. 19). Logo nas experiências iniciais surgiram alguns problemas, pois não se conseguia fixar a fotografia, nem evitar que as cores ficassem pálidas.

Isto porque, durante a metade só século XIX as emulsões disponíveis ainda não eram totalmente capazes de serem sensibilizadas pela cor verde ou pela vermelha (a total sensibilidade da cor vermelha só foi obtida com êxito no inicio do século XX (séc.20)).


A primeira fotografia colorida permanente foi tirada em 1861, pelo físico James Clerk Maxwell, para conseguir tal feito ele fotografou o elemento colorido três vezes usando três filtros de cores fundamentais o vermelho, o verde e o azul, obtendo, desta forma, três negativos mono cromáticos com variações de cinza distintos.

Ele converteu, ainda, os negativos em slides e projectou-os um sobre o outro, reproduzindo as cores do elemento original.

Os principais problemas em utilizar este método eram a impossibilidade de obter fotos em movimento e a grande perda de luz, pois cada filtro só permitia a passagem de 1/3 da luz total. Era um processo complicado mas foi o primeiro passo no caminho do mundo da fotografia colorida.

O primeiro rolo que permitia tirar fotos coloridas, o Autocromo, somente chegou ao mercado no ano de 1907 e era baseado em pontos tingidos com extracto de batata.


No entanto, o primeiro rolo moderno que permitida, tal como o Autocromo, tirar fotos coloridas foi o Kodachrome, introduzido em 1935, baseado em três emulsões coloridas. Fica-se a saber que a maioria dos rolos modernos daquele tempo eram executados com base na tecnologia desenvolvida pela Agfa-Color, embora o Kodachrome fosse excepção.

Mais tarde, mais exactamente em 1963, deu-se a introdução da fotografia colorida instantânea pela empresa Polaroid, esta empresa lança para o mercado, portanto uma máquina fotográfica que permitia ao utilizador, após tirar a fotografia do objecto em questão, retirar a foto expelida pela máquina, e alguns segundos mais tarde, a foto é revelada por si só, assim já não era necessário enviar um rolo para um revelador.

Nota:

  • História da fotografia instantânea (o filme encontra-se em espanhol):   

domingo, 18 de dezembro de 2011

Fotografia do Dia


Foto tirada e editada por mim, numa Exilim G, na estação de Algueirão Mem-martins.


Fotografia: "O século XX"

No inicio de 1900, a fotografia já tinha reunido todos os requisitos para o registo de imagens com altíssima qualidade de exposição e reprodução.

Irmãos Lumiére

Desta evolução surgiu o cinema, originalmente concretizado por Edison e pelos irmão Lumiére.
Na fotografia estática, os principais avanços foram de ordem mecânica, na construção de lentes cada vez mais precisas e nítidas.

A Eastman lançou, devido a estes avanços, em 1900, a câmara Brownie que custava apenas 1 dólar, que transformou radicalmente a fotografia numa arte popular.

Câmra Brownie
No mercado destacaram-se dois fabricantes de lentes, pela excelência da construção óptica, a Carl Zeiss e a Sahneider, ambas alemãs, que contribuíram largamente para o aumento da capacidade luminosa e qualidade de imagem.

Com a evolução das câmaras fotográficas foram, também, explorados diversos tipos de formatos, pois os negativos de Eastman eram muito pequenos, propícios apenas para amadores.

Os formatos em chapa foram explorados sob diversos tamanhos por diversos fabricantes de câmaras, mas havia sempre uma limitação comercial, da qual dependia a sobrevivência do formato. Assim, os fabricantes de câmaras lançavam productos que exigiam determinados formatos, caso a câmara não tivesse sucesso no mercado, o formato, geralmente, era descontinuado.

Assim, os grandes formatos sofreram constantes modificações, sendo padronizados pela influência comercial em três principais, as chapas de negativo 8*10, as 5*7 e as 4*5 polegadas.


Já os formatos em rolo, que eram destinados principalmente ao úsuario amador e mais tarde ao foto jornalismo, eram os mais favoráveis á aceitação comercial, dai ter sido fabricados em grande número, entre os quais os formatos identificados pelo número 101, 116, 117, 120, 122, 123, 127 e mais tarde e 612 e o 620.

No entanto, embora muitos destes formatos tenham sido descontinuados, a partir da década de 20, com a entrada das câmaras de fabrico Japonês, bem mais baratas, alguns destes solidificaram-se junto do público, razão pela qual subsistem até aos dias de hoje, como o formato 120, que permitia exposições nas proporções 6*4,5, 6*6, 6*9 e até 6*12 centímetros (cm). O exemplo mais famoso destas câmaras, que sem dúvida contribuiu para a sua continuidade, é a Rolleiflex.

Apesar das diferentes tentativas de formatos menores, a fábrica alemã Leitz lançou em 1913 um protótipo de uma câmara no formato 35 milímetros (mm), antes apenas utilizada em películas cinematográficas.

A ideia de usar 35 mm era, segundo o aspecto comercial, muito mais favorável uma vez que já eram fabricadas em larga escala em função da industria cinematográfica. Tanto que, quase simultaniamente, a fábrica francesa Jules Richard lançou em 1914 a Homeos, a primeira stereo 35mm lançada comercialmente.

Mas o facto desta câmara ser stereoscópia, limitava em termos de trabalho, e paralelamente a, fábrica da Leitz continuou a aperfeiçoar um modelo que foi lançado em 1924, a lendária Leica. A câmara era extremamente compacta, com velocidade fixa de 1/40 segundos (s), e a mecânica simples e impecável.

Mas o seu maior trunfo era a sua lente, que resultou do trabalho de Emst Leitz como fabricante de microscópios e telescópios antes de criar a sua própria firma, e da união deste com Oskar Barnack, que trabalhava também no fabrico de lentes na Zeiss. Desta união resultou uma câmara amadora com uma qualidade óptica extraordinária, usada largamente no foto jornalismo.

A lendária Leica

Já em 1930, a Leica era tão popular que o formato 35mm começou a ser progressivamente preferido para uso amador.

Em oposição á excelência técnica alemã, surgiu uma nova potência no fabrico de lentes e câmaras, os japoneses. De onde nasceu a Nikon em 1917, a Olympus e a Asahi Pentaz, ambas em 1919, a Minolta em 1928, a Canon em 1933 e a Fuji em 1934.

É claro que muita coisa foi acrescida desde então, aperfeiçoamentos tecnológicos, processos eficiente e mais baratos, câmaras programáveis e a fotografia digital, mas temos que perceber que sem o trabalho realizado por muitos, no passado, hoje não teríamos aquilo a que chamamos de fotografia.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Os pioneiros da fotografia: George Eastman


George Eastman nasceu a 12 de Julho de 1854 em Waterville, New York, empresário e filantropo, apaixonou-se pela fotografia ao comprar uma máquina fotográfica ainda no rudimentar processo da chapa húmida.

Aborrecido com o lento e trabalhoso processo de preparar as chapas e usá-las imediatamente decide começar a pesquisar de forma a descobrir um novo processo.

E ao ler um artigo sobre a emulsão gelatinosa, interessa-se nela, ao ponto de a começar a produzi-la em série. No entanto, achava o processo de estucagem das chapas de vidro complicado, pois além de pesadas, quebravam-se com facilidade.

Eastman então pensou que poderia tornar a fotografia muito mais prática e eficiente se encontrasse uma maneira de abreviar todo o processo.

Aliando a tecnologia de emulsão com brometo de prata (a mais propícia para realizar negativos e consequentemente cópias) com a rapidez de sensibilidade já existente na suspensão com gelatina e a transparência do vidro, Eastman decide substituir esta última por uma base flexível, igualmente transparente, de nitrocelulose, conseguindo criar o primeiro filme em rolo da história.

Assim podia enrolar o filme, o que lhe permitia obter várias chapas num único filme, para tal Eastman construiu uma pequena câmara própria para esta sua nova invenção, a que chamou "Câmara KODAK". Lançada comercialmente em 1888, reza a lenda que o nome veio de uma onomatopeia (barulho que a câmara fazia ao disparar o obturador).

O sucesso do invento tornou todos os outros processos completamente obsoletos, que começaram a ser utilizados somente por artesãos.

A câmara Kodak era uma câmara pequena e leve, cuja lente era capaz de focalizar tudo a partir de 2,5 metros de distância e, seguidas as indicações de luminosidade mínimas, era só carregar no botão.

Terminado o rolo, o fotógrafo só precisaria de mandar a câmara para o laboratório de Eastman, este receberia de volta os seus negativos, cópias positivas em papel e a câmara com um novo rolo.

O slogan da Kodak (Empresa que comercializava a câmara Kodak) era "Vôce aperta o botão, nós fazemos o resto" (tradução portuguesa). Uma verdadeira revolução, que fez da Kodak uma gigantesca empresa pioneira em todos os demais avanços técnicos que a fotografia adquiriu até hoje.

Nota:

  • Obturador: O obturador é um dispositivo mecânico que abre e fecha, que controla o tempo de exposição do filme à luz numa câmara fotográfica. É uma espécie de cortina que protege a câmara da luz, e quando accionado o disparador, ele abre-se. Quanto mais tempo estiver aberto, mais luz entrará.
  

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Os pioneiros da fotografia: William Talbot e Frederick Herschel

William Henry Fox Talbot

William Fox Talbot nasceu a 11 de Fevereiro de 1800 em Inglaterra.

Em 1833 começou a trabalhar num processo para obtenção  de imagens, e desde logo começou a ter algumas dificuldades, pois não conseguia achar um meio eficaz de fixar as imagens em papel impregnado com emulsão de sais de prata (base que utilizava para registar imagens).

O que conseguiu de mais próximo foram impressões directas, por contacto sobre papel, a que ele chamou calótipo. Talbot, mais tarde, experimentou colocar o papel directamente na câmara escura, pouco antes de Daguerre. Estipula-se que Talbot nada tinha dito em relação á sua descoberta por não ter conseguido uma maneira eficiente de fixar a prata sensibilizada.

Apesar de também ter usado sal de cozinha, a fixação com solução de salmoura só funciona em chapa de metal, pois se fosse utilizada numa folha de papel, esta desmancharia-se pouco tempo depois.

Talbot, assim como Nièpce, também queria desenvolver uma maneira de copiar imagens, razão pela qual manteve-se nas experiências de papel.

Como matemático e botânico, Talbot tinha no seu círculo de amigos alguns cientistas da Royal Society de Londres, entre eles um certo John William Frederick Herschel.

Herschel, filho do famoso astrónomo que descobriu o planeta Úrano, também se interessou pela corrida á obtenção do que seria a imagem fotográfica, quando tomou conhecimento do anuncio de Daguerre em Janeiro de 1839.

Herschel queria, na verdade, um método para "fotografar" as imagens da abóbada celeste obtidas por um grande telescópio que ele próprio construio, num interesse astronómico cuja ambição era o de registar todos os corpos visíveis no céu. Este conhecia, através de Talbot, as dificuldades que envolviam os pioneiros da fotografia, e sabendo que Daguerre havia conseguido resultados satisfatórios, resolveu pesquisar ele próprio métodos que pudessem resolver tais problemas.

Ele e Talbot trocaram diversas experiências e informações durante algumas semanas, pois Herschel tinha conhecimentos muito mais profundos de química, e lembrou-se de algumas experiências feitas alguns anos antes.

Nestas tentativas, ás pressas, Herschel foi o responsável pelo súbito avanço em termos técnicos. Um avanço, que se fosse calculado seria algo como 5 anos em 1 mês.

Herschel, nas suas experiências, testou diversos sais de prata, tais como o cloreto, o nitrato, o carbonato e o acetato, concluindo que o nitrato era o mais sensível á luz. Quanto á fixação, lembrou-se que tinha testado, uns anos antes, o hipossulfito de sódio (hoje chamado tiossulfato de sódio) para interromper a acção da luz sobre a prata.

Ao retomar as experiências, agora já com novas técnicas e perspectivas, conseguiu obter um resultado perfeito. Finalmente, estava resolvido o problema da fixação fotográfica.

Mas o capítulo de Talbot ainda não terminou. Tendo descoberto um método eficiente de fixar as imagens, patenteou o calótipo em 1841, talvez numa tentativa de fazer concorrência á patente de Daguerre, não apenas no ponto de vista comercial, mas pela primazia do evento.

No entanto, Herschel, desaconselhou Talbot a promover qualquer tipo de iniciativa jurídica ou comercial contra Daguerre, uma vez que teve a oportunidade de ver os daguerreótipos antes de Talbot, que na sua opinião, comparando as obras de arte de Daguerre com as de Talbot, este não produzia mais do que vagas e desfocadas imagens.

Sem dúvida, considerando o sistema de ambos, a cópia em papel tinha grandes desvantagens do ponto de vista da nitidez e de definição, uma vez que o processo de Daguerre era directo, e o de Talbot exigia uma copia em material translúcido, o papel, que implicava uma qualidade muito inferior.

Mas convém lembrar que o seu processo era o que hoje chamamos de imagem evidente, ou seja, uma imagem que já se formava á medida que ia sendo exposta. Isso significa que a imagem não ficava latente (o controle de tempo de exposição é feita na própria observação da imagem).

Quando esta adquiria uma densidade desejável, o fotógrafo interrompia a exposição e tratava de fixar a imagem. É claro que este método tornava a fotografia extremamente lenta em termos de tempo de exposição.

Talbot então descobriu uma fórmula para obter imagens negativas latentes no calótipo, ou seja, precisava, assim como o daguerreótipo, de revelação.

Este método consistia em sensibilizar as folhas de papel inicialmente com nitrato de prata, e posteriormente com iodeto de potássio, formando o iodeto de prata. O iodeto era altamente sensível á luz, o que reduzia drasticamente o tempo de exposição, de horas para poucos minutos. Depois, eram reveladas com uma solução de ácido gálico e nitrato de prata, que após a fixação com o tissulfato de sódio eram obtidas as imagens negativas.

Este sistema permitiu que a fotografia em papel aos poucos tomasse o lugar do daguerreótipo na corrida pela melhor imagem.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Os pioneiros da fotografia: Louis Daguerre


Louis Jacques Mandé Daguerre nasceu em val-d'Oise a 18 de Novembro de 1787, foi um pintor, cenógrafo, físico e inventor francês, tendo sido o autor da primeira patente para um processo fotográfico.

Daguerre trabalhava com uma câmara escura, no entanto utilizava-a para a pintura. Conheceu Nièpce através do seu fabricante de lentes e desde logo ficou entusiasmado com a possibilidade de desenvolver uma técnica de reprodução visual eficiente e propôs-lhe a formação de uma sociedade.

Não se sabe bem como Daguerre se interessou pelas pesquisas na área do que viria a ser a fotografia, uma vez que não há registos de experiências feitas por ele neste campo antes de conhecer Nièpce.

A sociedade entre Daguerre e Nièpce tinha como objectivo o aprimoramento das técnicas até então desenvolvidas, mas ambos trabalhavam em sentidos opostos, uma vez que Nièpce tinha em mente uma imagem capaz de ser copiada, reproduzida, e Daguerre, como pintor, procurava simplesmente uma imagem satisfatória. Nada conseguiram em conjunto, e 4 anos após a sociedade, Nièpce falece.

Daguerre continuou, por isso, sozinho, as experiências de Nièpce e tentou-as aperfeiçoar, no entanto teve algumas dificuldades em faze-lo, só após diversas tentativas sem sucesso o conseguiu.

Primeiro, utilizou como base chapas metálicas de prata ou cobre, que já haviam sido testadas com bons resultados. Entretanto como todas as experiências de Nièpce tinham por objectivo a obtenção de uma matriz para ser reproduzida, e Daguerre, não tinha a intenção de descobrir um sistema litográfico mais avançado, deixou de lado estas experiências e começou a trabalhar com os sais de prata.

O problema dos compostos de sais de prata é que, apesar da rapidez com que apreendiam uma imagem, esta era muito rudimentar e mais, o problema da fixação ainda não estava resolvido.

Eis que, a certa altura, Daguerre consegue resolver este impasse, que afirma ter sido por mero acaso. Daguerre conta que, um dia, ao sentir-se exausto e decepcionado por não conseguir obter resultados satisfatórios, atirou uma das suas chapas para dentro de um armário e esqueseu-se dela. Alguns dias mais tarde, á procura de uns químicos, abriu a porta do armário e deparou-se com a chapa esquecida, só que esta, para seu espanto, revelava uma imagem que antes lá não estava.

Daguerre procurou, então, a razão para tal e desconfiou que havia sido por causa do mercúrio de um termômetro que se tinha partido. Fez alguns testes e o resultado foi a criação do daguerreótipo.

Finalmente havia sido contornado o problema da nitidez e da fixação. O processo era bastante simples, uma chapa métalica era tratada com vapores de iodo que se tornavam iodetos de prata (um haleto de prata) quando impregnados na chapa, tornando-a fotossensível. A chapa era, então, colocada numa câmara escura, sem contacto com a luz, e era feita uma exposição de 20 a 30 minutos.

Após a exposição, era necessário fazer o iodeto de prata converter-se em prata metálica, para a imagem se tornar visivel, e eis que entra o mercúrio, cujo vapor se tornou no primeiro sistema de revelação fotográfico anunciado comercialmente. Este foi um dos trunfos do daguerreótipo, como era convertido em prata métalica, a imagem tornava-se muito mais nitida que uma imagem realizada apartir de um haleto comum. A sua definição e riqueza de detalhes eram impressionantes.

Para fixar a imagem Daguerre utilizava nada mais, nada menos, do que cloreto de sódio, ou sal de cozinha.

No entanto, o daguerreótipo tinha algumas implicações, primeiro a imagem era tanto positiva como negativa. Na verdade, a imagem formada directamente era sempre negativa, pois a prata escurece mais e mais, á medida que recebe luz, só que a superfície de impressão era metálica, e dependendo do ângulo de visão e da incidência da luz, tornava-se positiva. Além disso, era uma imagem espelhada, ou seja, como a imagem na câmara formava-se ao contrário e não havia possibilidade de obter uma copia, a imagem mantinha-se inversa.

Daguerre produziu, com sucesso, um pequeno daguerreótipo em 1837, e a 7 de janeiro de 1839 foi enunciada a sua descoberta do novo processo na Academia de Ciências de Paris.

O daguerreótipo era uma imagem única, sem possibilidade de cópia, por estar gravada numa superfície opaca. Alguns viam tais características como limitadoras, outros como naturais, mas o facto é que o daguerreótipo tinha uma qualidade impressionante, extremamente nitida e com detalhes que por vezes nem a olho nu se conseguiriam distinguir. O sucesso foi patente.

Os pioneiros da fotografia: Nicéphore Nièpce


Nicéphore Nièpce nasceu em Chálon-sur-saóne, França, a 7 de Março de 1765, e foi o responsável por ter conseguido, pela primeira vez na história, gravar uma imagem fotográfica.

Nièpce, apesar de ter seguido carreira militar, interessava-se por pesquisas, tal como o seu irmão Claude, tornando-se, portanto, uma espécie de cientista amador. Ele e o seu irmão chegaram a inventar, devido ao seu empenho e dedicação, um motor a explosão.

Mas a busca pelo registo visual era um fascínio pessoal de Nicéphore, que estudou diversas técnicas reprográficas, tendo com isso feito importantes melhorias no processo de litografia.

Nièpce procurava uma possibilidade de utilizar a imagem da câmara escura, uma vez que os demais processos só permitiam reprodução de originais opacos ou transparentes e não de imagens projectadas da natureza real.

A sua primeira tentativa foi feita com o betume da judéia, uma espécie de verniz utilizado na técnica de água forte, que tem a propriedade de secar rapidamente quando exposto á luz. Esse betume possui um solvente, óleo de lavanda, que não se dissolve após ter estado em contacto com a luz, o que permitia que as partes não expostas pudessem ser removidas, formando assim uma imagem rudimentar.

Nicéphore procurou de muitas formas utilizar chapas metálicas emulsionadas com esse betume para imprimir imagens na câmara escura, mas a quantidade de luz que entrava por ela era muito pequena, considerando a provável sensibilidade do betume, da ordem de 0.0012 ISO, portanto o tempo de exposição teria que ser bastante prolongado para que se pudesse registar uma imagem perceptível, Nièpce regista 8 horas de exposição necessárias para obter uma das suas imagens. Com isso, além das modificações das sombras, pelo movimento da terra em relação ao sol, que deixava as imagens irregulares e confusas, o solvente por vezes, também se evaporava deixando a chapa inteiramente seca.


Concluindo, apenas uma das suas imagens sobreviveu dessas experiências, muito provavelmente por a ter tirado da sua janela, que permitia a entrada de luz em condições de temperatura mais amenas, evitando a evaporação do solvente.

Essa "Fotografia", de 1826, é actualmente considerada historicamente a primeira, mas o próprio Nièpce não considerava esta uma experiência bem-sucedida, pois a imagem original é um grande borrão, impossível de ser copiada e cujos contornos, para serem vistos, têm de ser observados de um certo ângulo e com luz adequada. A reprodução que hoje temos foi feita e retocada com técnicas modernas na década de 1950.

Nièpce, entretanto, com todas estas experiências acabou por desenvolver uma forma de reprodução por contacto, utilizando o betume de judéia, a que chamou "Heliografia" ou "escrita do sol".

Notas:

  • ISO: é a medida da sensibilidade de superfícies sensíveis à luz, também é conhecido como velocidade ISO ou, em inglês, ISO speed. 
  • Técnica de água forte:

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Fotossensibilidade: Os haletos de Prata



Uma das correntes que influenciou o ramo da fotografia diz respeito aos materiais fotossensíveis. 

A fotossensibilidade é um fenómeno que que quer dizer, literalmente, "Sensibilidade á luz". 

Ou seja materiais fotossensíveis são materiais cuja matéria se modifica com a luz, como um tecido que se desbota com o sol, ou a tinta de uma parede que vai aos poucos perdendo a cor, alguns demoram milhares de anos para se alterarem, enquanto outros bastam apenas alguns segundos.

Para a produção de uma imagem, de nada adiantaria um material de pouca fotossensibilidade, por isso, todos os cientistas ou curiosos que dedicavam o seu tempo em busca de obter a primeira imagem fotográfica, procuravam  encontrar o melhor material para este fim. Após alguma pesquisa chegou-se á conclusão que o material mais propício para tal seria os sais de prata. (material bastante conhecido na altura).

Os haletos, ou sais de prata, modificam-se rapidamente com a acção da luz enegrecendo-se quando em contacto com a mesma. Das experiências de imagens obtidas a partir de papéis embebidos em soluções de sais de prata, a maioria era feita como uma cópia por contacto, ou seja, um objecto era colocado sobre o papel sensibilizado, e assim obtinha-se uma imagem ou silhueta desse mesmo objecto.

Um pouco antes de 1800, um senhor chamado Wedgwood esteve muito perto de conseguir a primeira imagem fotográfica e, assim, revolucionar o ramo da fotografia, ao utilizar uma câmara escura da qual obteve, com sucesso, imagens a partir de haletos. O problema que surgiu a este senhor foi que após ter sido feita a impressão dessas mesmas imagens estas não se mantinham estáveis, pelo simples facto de continuarem fotossensiveis.

Este foi um dos principais problemas que os pioneiros da fotografia enfrentaram, a busca de um método eficiente de estabilizar a prata, impedindo-a de se sensibilizar após o registo da imagem.   
         
A Câmara escura


A câmara escura é uma caixa preta totalmente vedada da luz com um pequeno orifício ou uma objectiva num dos seus lados.


Apontada para algum objecto, a luz reflectida deste projecta-se para dentro da caixa e a imagem dele forma-se na parede oposta á do orifício. Se, na parede oposta, ao invés de uma superfície opaca, for colocada uma translúcida, como vidro não polido, a imagem formada será visível do lado de fora da câmara, ainda que invertida.

Isso permite o visionamento de qualquer paisagem ou objecto através do orifício que, dependendo do tamanho e da distância focal, projectava uma imagem maior ou menor.

A câmara escura foi largamente usada durante todo o período renascentista e grande parte dos séculos XVII (século 17) e XVIII (século 18) para o estudo da perspectiva na pintura, só que já munida de avanços tecnológicos típicos da ciência renascentista, como lentes e espelhos para reverter a imagem. A câmara escura só não podia estabilizar a imagem obtida.

Notas:
  • Opaca: algo que não é transparente, que é baço.
  • Translúcida: algo que permite parcialmente a passagem da luz.
  • Distância focal: define a maior ou menor aproximação de uma imagem, ou ainda escolhe o campo de visão que deseja trabalhar.  
Fotografia

A palavra fotografia vem do grego φως (fós), que tem como significado "luz", e γραφις (grafis), que significa "estilo", ou então da palavra γραφη (grafê), que significa "desenhar com luz e contraste".

Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens por meio de exposição luminosa, esta não se desenvolveu num pequeno período de tempo nem foi obra de um só autor, mas sim de um conjunto de avanços por parte de várias pessoas.

Os princípios fundamentais da fotografia estabeleceram-se há décadas e, desde a introdução do filme fotográfico colorido, quase não sofreram mudanças, no entanto, os avanços tecnológicos têm sistematicamente possibilitado melhorias na qualidade das imagens produzidas, desta forma, a fotografia, á medida que se torna uma experiência cada vez mais pessoal, deverá ampliar, através dos diversos perfis de fotógrafos amadores ou profissionais, o já amplo espectro de significado da experiência de se conservar um momento numa imagem.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Objectivo do blogue

"Este blogue destina-se aos amantes da fotografia e a todos aqueles que estiverem interessados em aprender algumas noções e curiosidades sobre o mundo fotográfico. Irei ao longo de todos os meses postar novos artigos sobre fotografia com o objectivo de eu e todos os interessados aprendermos um pouco mais sobre esta matéria, pois fotografia não é só o acto de fotografar envolve muito mais do que isso."