domingo, 18 de dezembro de 2011

Fotografia: "O século XX"

No inicio de 1900, a fotografia já tinha reunido todos os requisitos para o registo de imagens com altíssima qualidade de exposição e reprodução.

Irmãos Lumiére

Desta evolução surgiu o cinema, originalmente concretizado por Edison e pelos irmão Lumiére.
Na fotografia estática, os principais avanços foram de ordem mecânica, na construção de lentes cada vez mais precisas e nítidas.

A Eastman lançou, devido a estes avanços, em 1900, a câmara Brownie que custava apenas 1 dólar, que transformou radicalmente a fotografia numa arte popular.

Câmra Brownie
No mercado destacaram-se dois fabricantes de lentes, pela excelência da construção óptica, a Carl Zeiss e a Sahneider, ambas alemãs, que contribuíram largamente para o aumento da capacidade luminosa e qualidade de imagem.

Com a evolução das câmaras fotográficas foram, também, explorados diversos tipos de formatos, pois os negativos de Eastman eram muito pequenos, propícios apenas para amadores.

Os formatos em chapa foram explorados sob diversos tamanhos por diversos fabricantes de câmaras, mas havia sempre uma limitação comercial, da qual dependia a sobrevivência do formato. Assim, os fabricantes de câmaras lançavam productos que exigiam determinados formatos, caso a câmara não tivesse sucesso no mercado, o formato, geralmente, era descontinuado.

Assim, os grandes formatos sofreram constantes modificações, sendo padronizados pela influência comercial em três principais, as chapas de negativo 8*10, as 5*7 e as 4*5 polegadas.


Já os formatos em rolo, que eram destinados principalmente ao úsuario amador e mais tarde ao foto jornalismo, eram os mais favoráveis á aceitação comercial, dai ter sido fabricados em grande número, entre os quais os formatos identificados pelo número 101, 116, 117, 120, 122, 123, 127 e mais tarde e 612 e o 620.

No entanto, embora muitos destes formatos tenham sido descontinuados, a partir da década de 20, com a entrada das câmaras de fabrico Japonês, bem mais baratas, alguns destes solidificaram-se junto do público, razão pela qual subsistem até aos dias de hoje, como o formato 120, que permitia exposições nas proporções 6*4,5, 6*6, 6*9 e até 6*12 centímetros (cm). O exemplo mais famoso destas câmaras, que sem dúvida contribuiu para a sua continuidade, é a Rolleiflex.

Apesar das diferentes tentativas de formatos menores, a fábrica alemã Leitz lançou em 1913 um protótipo de uma câmara no formato 35 milímetros (mm), antes apenas utilizada em películas cinematográficas.

A ideia de usar 35 mm era, segundo o aspecto comercial, muito mais favorável uma vez que já eram fabricadas em larga escala em função da industria cinematográfica. Tanto que, quase simultaniamente, a fábrica francesa Jules Richard lançou em 1914 a Homeos, a primeira stereo 35mm lançada comercialmente.

Mas o facto desta câmara ser stereoscópia, limitava em termos de trabalho, e paralelamente a, fábrica da Leitz continuou a aperfeiçoar um modelo que foi lançado em 1924, a lendária Leica. A câmara era extremamente compacta, com velocidade fixa de 1/40 segundos (s), e a mecânica simples e impecável.

Mas o seu maior trunfo era a sua lente, que resultou do trabalho de Emst Leitz como fabricante de microscópios e telescópios antes de criar a sua própria firma, e da união deste com Oskar Barnack, que trabalhava também no fabrico de lentes na Zeiss. Desta união resultou uma câmara amadora com uma qualidade óptica extraordinária, usada largamente no foto jornalismo.

A lendária Leica

Já em 1930, a Leica era tão popular que o formato 35mm começou a ser progressivamente preferido para uso amador.

Em oposição á excelência técnica alemã, surgiu uma nova potência no fabrico de lentes e câmaras, os japoneses. De onde nasceu a Nikon em 1917, a Olympus e a Asahi Pentaz, ambas em 1919, a Minolta em 1928, a Canon em 1933 e a Fuji em 1934.

É claro que muita coisa foi acrescida desde então, aperfeiçoamentos tecnológicos, processos eficiente e mais baratos, câmaras programáveis e a fotografia digital, mas temos que perceber que sem o trabalho realizado por muitos, no passado, hoje não teríamos aquilo a que chamamos de fotografia.

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